Somos uma comunidade de irmãos, sacerdotes ou não, empenhados na restauração da Fé Católica e Apostólica através do nosso estado de vida, espalhando os Perfumes do Altíssimo pelo mundo com a nossa vida e atividades cotidianas.
Somos cristãos católicos separados de Roma.
Muitos grupos atualmente em nosso país se afirmam vetero-católicos. É importante, porém, que apresentemos o que significa ser verdadeiramente vetero católico. Por isto, colocamos, ainda que em poucas palavras, um resumo doutrinário deste segmento do Cristianismo.
Em primeiro lugar, vamos esclarecer como alguém pode identificar uma Igreja Vetero Católica. O veterocatolicismo surge de movimentos católicos independentes surgidos após o Concílio Vaticano I (1869-1870).
Os primeiros grupos vétero-católicos se organizaram em 1871, quando muitos intelectuais católicos na Áustria, Suíça e Alemanha rejeitaram a decisão do Concílio Vaticano I (1869-1870), que formulou a doutrina da Infalibilidade Papal.
Após o Concílio Vaticano I – por isto não pode uma Igreja Vetero Católica adotar como suas, devoções que surgiram após este concílio. Não somos contrários a elas, mas por motivos de prática pastoral e para diferenciar de paróquias católico romanas, torna-se importante esta atitude.
Pode-se, por exemplo, adotar oficialmente como dogma algo que tenha sido proclamado anteriormente à separação de 1871. Um exemplo disto é o dogma da Imaculada Conceição, segundo o qual a concepção da Virgem Maria ocorreu sem mancha (“mácula” em latim) do pecado original. A Imaculada Conceição foi solenemente definida como dogma pelo Papa Pio IX em sua bula Ineffabilis Deus em 8 de Dezembro de 1854. Antes de 1871.
Outro ponto que deve ser ressaltado é que os vetero-católicos devem administrar seus sacramentos para constituírem comunidades e não para servirem de “tapa-buracos” para pessoas que desejam dar o “pulo do gato” na Igreja Católica. Nossos sacramentos são legitimamente válidos, mas administramos para constituírem comunidades verdadeiramente vetero-católicas.
Finalmente, os verdadeiros vetero-católicos não podem adotar indiscriminadamente práticas de sincretismo religioso ou de Catolicismo popular sem que haja por trás disto uma intenção de proclamar a palavra do Evangelho de forma inculturada. A inculturação é um processo utilizado desde os tempos apostólicos (Atos 17:23) para um melhor entendimento do Evangelho de Cristo. Mas é apenas um meio, não um fim em si mesmo.
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